Leadership that awakens talent with Luísa Gonçalves Colaço in ECO
14.02.2024
Luísa Gonçalves Colaço, Head of Marketing and Communication at Openbook, wrote for ECO about the importance of servant leadership in a world that struggles to be more human.
“More than ever, we need leaders that promote a positive and growing environment, where we acknowledge our impact on each other0.
A leader’s success is proportional to how dispensable they become in their team.
It may seem controversial, but I believe that a leader’s work is truly successful when we invest in the development of our teams so that they can be autonomous and decisive without needing micromanagement that funnels even the smallest decisions to leadership.
By placing leadership in this perspective, we are emphasizing a point of view that I believe is crucial: leadership is a service where we find the greatest satisfaction in the achievements of our teams without seeking self-promotion. As leaders, we exist to serve those we work with, not the other way around.
And in the current scenario, where recruitment has become quite challenging, talent management is even more crucial to the success of organizations. Leaders play a central role in this strategic process and must take on, more than ever, the responsibility for the human and professional development of their teams. Today, effective talent management requires proactive and visionary leadership that transcends traditional hierarchical structures and promotes a positive culture that is attentive to each individual.
In an era where everything leads us to believe that the gap between generations is widening, with a seemingly unbridgeable divide between those who have been in the job market for several years and those who are just entering it, it is essential for talent retention that leaders adjust their communication. This characteristic, which has long been considered essential for a leader, seems to me to be of particular interest today. We need to understand the ambitions and needs of the new generations, while positively adjusting their expectations regarding the demands of the job market.
But it is also through the promotion of diversity, where we value each person’s originality, that leaders must find a way to retain the best people. In this way, we are not only bringing enormous strategic wealth to organizations, but also contributing to a society where everyone has their place and finds fertile ground to grow personally and professionally.
And in a world that appears unstable and negative, I believe that leaders have an increased responsibility to promote a positive culture of hope projected into the future where, in our daily lives, we are all responsible for each other’s well-being. We may not be able to change the world’s great disasters, but we have a direct and profound impact on the lives of those we encounter every day. And with human relationships becoming increasingly impersonal, largely due to the overly technological world we live in, it is essential that leaders seek not only to create bonds and care for those they lead, but also to ensure that the same happens among their teams. Leading for physical and mental well-being in the workplace, where teams recognize their interrelational role, is therefore a critical success factor in retaining talent.
And it is in this dynamic scenario of new workplaces that leaders must be adaptable and resilient. Effective talent management requires openness to change and a greater ability to manage crises and instability. It is crucial that leaders view change not as a disruption, but as an opportunity for growth. By promoting a culture that embraces change and innovation, it is possible to position teams to adapt and thrive in an ever-evolving environment. This mindset is essential to attract forward-thinking talent who seek dynamic workplaces that encourage continuous learning and growth.
In short, I believe that effective talent retention requires recognizing the impact and responsibility that leaders have on the teams they work with. Managing a team should not be an exercise in power for those seeking to advance their careers. It is a demanding task, with a profound impact on organizations and the people who work in them, and it should be a constant path of learning that aims for the success, happiness, and fulfillment of those we manage. Because if everything is aligned, that is also where we find our own fulfillment.”
Source: ECO

A liderança que desperta talentos com Luísa Gonçalves Colaço na ECO
Luísa Gonçalves Colaço, diretora de Marketing e Comunicação da Openbook, escreveu para a ECO sobre a importância da liderança servidora num mundo que luta para ser mais humano.
«Mais do que nunca, precisamos de líderes que promovam um ambiente positivo e de crescimento, onde reconheçamos o nosso impacto uns nos outros».
O sucesso de um líder é proporcional ao quão dispensável este se torna na sua equipa.
Pode parecer controverso, mas acredito que o trabalho de um líder é realmente bem-sucedido, quando apostamos no desenvolvimento das nossas equipas, por forma a que estas consigam ser autónomas e resolutas sem precisar de uma microgestão que afunile, nas lideranças, as mais pequenas decisões.
Ao colocar a liderança nesta perspetiva, estamos a acentuar um ponto de vista que me parece crucial: liderar é um serviço onde encontramos a maior satisfação na realização das nossas equipas sem procurar autopromoção. Enquanto líderes, existimos para servir aqueles com quem trabalhamos, e não o contrário.
E no cenário atual em que o recrutamento se tornou bastante desafiante, a gestão de talentos é ainda mais crucial para o sucesso das organizações. Os líderes desempenham um papel central neste processo estratégico devendo chamar a si, mais do que nunca, a responsabilidade do desenvolvimento humano e profissional das suas equipas. Atualmente, uma gestão eficaz de talentos requer uma liderança proativa e visionária que ultrapasse as estruturas hierárquicas tradicionais e promova uma cultura positiva e atenta a cada um.
Numa era em que tudo nos faz crer que a clivagem entre as gerações é cada vez maior, parecendo haver um abismo entre quem já está no mercado de trabalho há vários anos e quem nele agora se aventura, é imprescindível para a retenção de talento que os líderes ajustem a sua comunicação. Esta característica, que há já longos anos é apontada como essencial para um líder, parece-me ter hoje especial interesse. Percebermos quais as ambições e necessidades das novas gerações, ao mesmo tempo que ajustamos positivamente as suas expetativas quanto às exigências do mercado de trabalho.
Mas é também da promoção da diversidade, onde valorizamos a originalidade de cada um, que os líderes devem encontrar um caminho para a retenção das melhores pessoas. Assim, estamos não só a trazer uma enorme riqueza estratégica para as organizações, mas também a contribuir para uma sociedade onde cada um tem o seu lugar e encontra terreno fértil para crescer pessoal e profissionalmente.
E num mundo que se afigura instável e negativo, acredito que os líderes têm uma responsabilidade acrescida em promover uma cultura positiva e de esperança projetada no futuro onde, no nosso quotidiano, todos somos responsáveis pelo bem-estar uns dos outros. Podemos não conseguir mudar os grandes desastres do mundo, mas temos impacto direto e profundo na vida de quem, todos os dias, se cruza connosco. E acentuando-se cada vez mais a impessoalidade nas relações humanas, em larga medida pelo mundo excessivamente tecnológico em que vivemos, é imprescindível que os líderes procurem, não só criar vínculos e cuidar de quem lideram, mas também que o mesmo aconteça entre as suas equipas. Liderar para o bem-estar físico e mental no local de trabalho em que as equipas reconhecem o seu papel inter-relacional é, assim, um fator crítico de sucesso na retenção de talento.
E é neste cenário dinâmico dos novos locais de trabalho, que os líderes têm de ser adaptáveis e resilientes. A gestão eficaz de talentos exige uma abertura à mudança e uma maior capacidade de gerir nas crises e instabilidades. É fulcral que os líderes encarem a mudança não como uma perturbação, mas como uma oportunidade de crescimento. Ao promover uma cultura que abraça a mudança e a inovação, é possível posicionar as equipas para que se adaptem e prosperem num ambiente em constante evolução. Esta mentalidade é essencial para atrair talentos com visão de futuro que procuram locais de trabalho dinâmicos, que incentivam a aprendizagem e a evolução contínuas.
Em suma, acredito que a retenção eficaz de talentos passa pelo reconhecimento do impacto e responsabilidade que as lideranças têm nas equipas com quem trabalham. Gerir uma equipa não deverá ser de todo um exercício de poder de quem procura subir na carreira. É um ato exigente, com profundo impacto nas organizações e nas pessoas que nela colaboram, e que deve ser um caminho constante de aprendizagem que tem como meta o sucesso, a felicidade e a realização de quem gerimos. Porque se tudo estiver alinhado, é também aí que encontramos a nossa própria realização.
Fonte: ECO
